História de Óbidos
"Pauxis" se chamavam os índios que habitavam a margem esquerda da "garganta" do Amazonas, na região em que a largura do rio é de apenas 1892 metros e a profundidade de 75 situado a cerca de 8 milhas abaixo da embocadura do rio Trombetas, o local foi observado por Francisco Orelana, que o considerou ideal para a construção de uma fortaleza.
Assinalado no roteiro da expedição de Pedro Teixeira, em 1637, foi posteriormente visitado por diversos navegadores, todos acordes quanto à necessidade da construção de um forte que assegurasse o domínio de Portugal. Adventícios de diversas nacionalidades passaram calmamente a subir e descer o rio, fazendo contrabando das chamadas "drogas do sertão" e preando índios. Este fato determinou providências do governador Coelho de Carvalho, que ordenou a Manuel da Mota Siqueira, em 1697, que erigisse uma fortificação na margem esquerda da angustura. À casa de taipa precariamente equipada, foi dado o nome de "Forte dos Pauxis".
Mendonça Furtado, irmão do Marquês de Pombal e governador da Amazônia, aldeia junto a fortaleza, unindo-lhe, para torná-la mais populosa, das aldeias dos padres da Piedade. Em virtude da semelhança topográfica com a cidade portuguesa de Óbidos, deu-lhe igual topônimo. Ao fim de cerca de um século, a vila obteve as honras de cidade.
Nessa mesma época vivia-se ao tempo de observações e advertências um ciclo guerreiro que atormentava os povos. O holandês, justando contas com a Espanha, que então envolvera sob sua soberania Portugal e suas colônias, investiram contra o Brasil (Ref.História de Óbidos - Arthur Cezar ferreira Reias).
Relato do Início da Fortaleza
Já em 1749, sob o comando do Capitão Balthazar Luiz Carneiro, carecia de reparos mais sérios: Suposto tenha só a cortina da parte do mar arruinada e que só desta reedificação careça, e de emboço e reboco; contudo esta Fortaleza se acha edificada sobre uma alta ribanceira, a qual o tempo tem demolido, de sorte que dificilmente pode passar qualquer homem entre a beirada da dita ribanceira e a Fortaleza, e achando-se assim esta no princípio de cair nas primeiras invernadas, parece que seria mais acerto fazer-se a dita Fortaleza de novo, por se não pôr no perigo de perder-se o dispêndio, recuando-a para dentro, o que fosse necessário." (Relatório do Capitão de Ordenanças José Miguel Ayresacerca do estado das fortificações mantidas ao longo do Amazonas datado de 4 de janeiro de 1749).
Na ausência de recursos do Governo, o Capitão Ricardo Antônio da Silva Leitão, comandante da praça, procedeu-lhe reparos, louvados pelo governador e Capitão-general do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado (1751-1759) àquele oficial por Ofício de 9 de março de 1753. Neste momento, a praça contava apenas com três canhões, sete balas de artilharia, 2 arrobas e 18 libras de pólvora, 20 libras de chumbo, 46 libras de balas de mosquetaria, cinco baionetas, reduzindo-se o efetivo ao capitão comandante, um tenente, um sargento ajudante e seis praças. Uma década mais tarde, esse efetivo estava reduzido a um soldado e a um sargento, sendo que, à falta de soldados, a esposa deste já havia dado guarda mais de uma vez (D. frei João de São José. Viagem e Visita do Sertão em o Bispado do Grão Pará em 1762 e 1763) Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Óbidos e Oriximiná. Assim permanecendo em divisão administrativa referente ao ano de 1933. Pelo decreto-lei estadual nº 1442, de 24-12-1934, desmembra do município de Óbidos o distrito de Oriximiná. Elevado à categoria de município. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-12937, o município aparece constituído de 2 distritos: Óbidos e Paraná de Baixo. Pelo decreto-lei nº 3131, de 31-10-1938, o distrito de Paraná e Baixo é extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede de Óbidos.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 2460, de 29-12-1961, é criado o distrito de Flexal e anexado ao município de Óbidos.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Óbidos e Flexal.
Em divisão territorial datada de 18-VIII-1968, o município constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Gentílico: obidense ou pauxi ou pauxinaria - fivevela.
Fonte de texto e imagens: Portal Obidense
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